terça-feira, 1 de julho de 2008

O regresso a Praga!

Vista de Praga no castelo

Praga! Capital da república Checa. Continua linda! Dia 26 de Junho regressei pela terceira vez a esta cidade! O objectivo era ir ver o concerto da Celine Dion, mas também houve tempo para visitar novos locais e recordar outros, reviver boas experiências ali passadas. Houve tempo para rir, houve tempo para chorar, umas por emoção, outras por lembranças boas que ali passei com alguém muito especial.
A viagem correu muito bem, foi um voo muito tranquilo. Quando chegámos lá fomos apanhar o famoso autocarro 119 com destino a Dejvická para apanharmos o metro. O famoso metro em que em algumas estações descemos, descemos, descemos para depois subirmos, subirmos e subirmos.
Escadas rolantes na estação de metro Namesti Republiky

O destino era Florenc, onde estava o hostel. Na recepção fiquei a saber que o meu nome, Pedro, em checo é pastilha elástica.
Pousámos as bagagens e começámos logo a percorrer a cidade. Foi tão bom rever a Staromestské Námesti (Praça Velha). Passei aqui tão bons momentos. Foi o primeiro local em que tive de ter imensas forças para não me deixar ir abaixo e querer ir embora. Este será sempre um dos nossos locais!

Praça Velha

Praça Velha

Praça Velha

Como não podia de deixar de ser tínhamos de fazer uma paragem no famoso relógio astronómico, que é muito giro por fora, mas continuo a achar que é uma decepção quando dá as horas.

Relógio na Praça Velha

Depois seguimos pelas ruelas lindíssimas desta parte antiga da cidade (Staré Mesto) até à enigmática e única ponte D.Carlos (Karluv Most). O segundo local que me fez reviver sensações fortes e me fez estremecer. Aquela ponte, as Torres, as ilhas, o castelo ao fundo, o rio Vltava, as pessoas, as tendas, a música que se ouve...


Ponte D.Carlos

Ponte D.Carlos

E a hora começava a aproximar-se. Não estava nada eufórico para o que se seguia, o motivo principal da viagem. Lá apanhámos o metro que ia apinhado de gente que também se dirigiam para a O2 Arena, mais que esgotada (18000 pessoas). Não nos deixaram entrar com máquinas fotográficas (Filhos da mãe) e tivemos que pagar 100 coroas checas (Kc) (cerca de 4,20€)para ficarem guardadas no red car, como eles diziam. Mas desta vez estávamos prevenidos com o novo telemóvel do meu brother que fotografa e filma com a qualidade de uma máquina digital. Lá dentro, o espaço é grandioso com 6 andares. Ficámos muito bem localizados! À medida que a hora se aproximava começou a excitação a falar um pouco. Quando as luzes se apagam e começam a tocar os primeiros acordes de várias músicas e começam a passar várias imagens da Celine no cubo central, aí tive consciência e pensei: É agora! É agora, Pedro, que vais realizar o teu grande sonho! O cubo levantou e lá estava ela. Cairam-me algumas lágrimas! De emoção, claro, mas principalmente porque te queria ali, queria tanto, tanto mas tanto que estivesses ali comigo, que me desses a mão...

Celine Dion

Foram duas horas magníficas! Foi lindo!
Nos restantes três dias fartámo-nos de andar, comer porcarias (as salsichas e as espetadas grelhadas na Praça Velha, os bolinhos da Mamma Snack, os bolos da Paneria, os famosos bolos de Praga vendidos na rua, que nós chamamos de roscas porque não sabemos o nome e que são maravilhosas quando acabadas de fazer...).

Espetada no chão da Praça Velha

As famosas roscas
(este não é o verdadeiro nome)

Andámos de barco e podemos ter uma outra perspectiva da cidade. Fomos ao Tesco, ao famoso Tesco. As famosas bancadas com várias qualidades de pão em que toda a gente mexe com as mãos como estivesse a escolher fruta.

A bancada do pão no supermercado Tesco

Fomos tantas outras vezes à Praça Velha, à Ponte D.Carlos, ao castelo e arredores, à ilha de Kampa e novamente à Praça Velha e Ponte D.Carlos. Fomos lá todos os dias.

Vista do castelo e da Catedral de São Vitto

E, claro, como não poderia deixar de ser também fomos à Václavské Námesti (Praça Venceslau).

Praça Venceslau

Outro grande local, outro sitio cheio de memórias. Claro, aí tivemos de ir ao Pizza Coloseum e tive de comer o famoso fettuccine coloseum e depois um dos seus famosos gelados (mas desta vez escolhi mal pois o gelado vinha cheio de frutos secos que eu não aprecio). Desta vez, como não havia raparigas à mistura, as ofertas nesta rua foram por demais. Numa dessas noites, enquanto passeávamos por esta Praça fomos abordados diversas vezes ou se queríamos droga ou sex free, como eles diziam e que de free não devia ter nada, nos famosos cabarets de Praga (sendo o mais famoso e o maior da Europa o Darling Cabaret).
Visitámos alguns sítios, outros vimos só por fora, fui obrigado a assistir a uma missa em espanhol na famosa igreja do Menino Jesus de Praga. Quem será que me obrigou? Fomos às lojas de souvenir, que estão cada vez mais caras, fomos a uma feirinha cheia de coisas boas para oferecermos, ouvimos música na Ponte e na Praça Velha, comemos no meio do chão desta Praça, fartámos de ver brasileiros e espanhóis, mas de portugueses contaram-se pelos dedos. Fartámos de falar mal e ofender os checos em português, uma vez que não percebiam nada, teve a sua piada. Sempre que queríamos ir a casa de banho ou obrigávamos a ir tomar um café (que em algumas esplanadas custa 52 Kc (2,16€) cada um ou lá pagávamos as 5 ou 10 kc para podermos entrar numa wc. A cidade está cada vez mais cara e sempre que podem chulam os turistas. Temos o exemplo dos gelados caseiros que os restaurantes vendem nas ruas, em que uma bola de gelado custa 20 Kc (80 cêntimos), que até é bastante barato comparado com Portugal, mas também podemos pagar em euros e aí o preço é de 1€. Mas a situação melhor foi o nosso último jantar. Resolvemos jantar na Praça Velha no restaurante Staromestské. Tinha uma ementa em várias línguas, sendo uma delas o português. Vimos os pratos e os preços e agradaram-nos profundamente, embora na parte superior da ementa dizia que aqueles preços eram apenas praticados no interior do restaurante. Mas pronto, lá nos sentámos na esplanada repleta. Quando nos trazem a ementa reparámos logo que haviam pratos que tinham sido retirados, os mais baratos, e no topo da folha dizia que os preços na esplanada eram 60% mais caros que no interior do restaurante. Foi logo o primeiro melão. É verdade que podíamos ter levantado e ir para dentro ou ido embora, mas como era o último, paciência. No fim de cada folha da ementa dizia que quando o empregado trouxesse o talão devíamos ver se estava alguma coisa registada que não tivéssemos pedido, porque se tal acontecesse, o empregado tinha de nos pagar 2000kc (83€). Pensámos logo, bem parece que estamos no 3ºMundo. Mas pronto, lá veio o jantar, as bebidas e a sobremesa. Quando veio o talão, o empregado faz a todos os clientes a leitura do talão, explica cada item e traz uma calculadora, se quisermos confirmar as contas. Porque será tanta preocupação? Então ele começa a explicar-nos: isto são os dois pratos, isto são as duas bebidas, aqui está a sobremesa, isto é o pão e esta é a taxa de serviço (que é habitual nos restaurantes e cafés em Praga). E nós, o pão? Mas não o comemos e está aí registado duas vezes, ao qual o empregado explica, a partir do momento que ele vem para a mesa é cobrado e como são duas pessoas cobra-se duas vezes! E esta? Ou seja, o dinheiro que eles não fazem à custa do pão que anda de mesa em mesa e ninguém lhe toca. Pois, o nosso pão foi logo para a mesa do lado. Mas o melhor nem foi isto, e não se passou connosco, mas sim com a família britânica que estava na mesa ao nosso lado. Veio a conta deles e o senhor disse ao empregado que queria pagar com visa. E o empregado diz-lhe que então teria de pagar uma taxa suplementar e em cash de 400 kc (quase 17€). Eles ficaram boquiabertos, assim como nós, e disseram entre eles que nunca mais voltariam ali. O mesmo pretendemos nós fazer. Aconselho vivamente que não vão a este restaurante.
Mas tirando isto a viagem correu muito bem, foi bom rever Praga! Continua a ser uma cidade linda e sempre será uma das minhas favoritas, não só pela beleza mas também por tudo o que já lá vivi e com quem vivi essas experiências. Foi bom o que vivi desta vez (apesar das recordações me invadirem por diversas vezes), foi e será para sempre bom o que vivi lá contigo! O que vivemos os dois!

Prasná Bràna
(uma das portas da cidade)


Rio Vltava

Ponte D.Carlos

Ilha de Kampa

Catedral de S. Vitto

Um canal a separar a Ilha de Kampa

Praça Velha à noite

Castelo à noite, visto da Ponte D.Carlos




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